segunda-feira, 14 de novembro de 2011

De olho no vestibular da Urca!!!!!!1

Simulados

Questões retiradas do site do Cursinho:Objetivo

1) Texto para as questões de 1 a 8.

''O enterro foi feito no dia imediato e a casa de Albernaz esteve os dous dias cheia, como nos dias de suas melhores festas. Quaresma foi ao enterro; ele não gostava muito dessa cerimônia; mas veio, e foi ver a pobre moça, no caixão, coberta de flores, vestida de noiva, com um ar imaculado de imagem. Pouco mudara, entretanto. Era ela mesma ali; era a Ismênia dolente e pobre de nervos, com os seus traços miúdos e os seus lindos cabelos, que estava dentro daquelas quatro tábuas. A morte tinha fixado a sua pequena beleza e o seu aspecto pueril; e ela ia para a cova com a insignificância, com a inocência e a falta de acento próprio que tinha tido em vida.
Contemplando aqueles tristes restos, Quaresma viu o caixão do coche parar na porta do cemitério, atravessar pelas ruas de túmulos - uma multidão que trepava, se tocava, lutava por espaço, na estreiteza da várzea e nas encostas das colinas. Algumas sepulturas como se olhavam com afeto e se queriam aproximar; em outras, transparecia repugnância por estarem perto. Havia ali, naquele mudo laboratório de decomposições, solicitações incompreensíveis, repulsões, simpatias e antipatias; havia túmulos arrogantes, vaidosos, orgulhosos, humildes, alegres e tristes; e de muitos, ressumava o esforço, um esforço extraordinário, para escapar ao nivelamento da morte, ao apagamento que ela traz às condições e às fortunas.
Quaresma ainda contemplava o cadáver da moça e o cemitério surgia aos seus olhos com as esculturas que se amontoavam, com vasos, cruzes e inscrições, em alguns túmulos; noutros, eram pirâmides de pedra tosca, retratos, caramanchões extravagantes, complicações de ornatos, cousas barocas e delirantes, para fugir ao anonimato do túmulo, ao fim dos fins.
As inscrições exuberam: são longas, são breves; têm nomes, têm datas, sobrenomes, filiações, toda a certidão de idade do morto que, lá em baixo, não se pode mais conhecer e é lama pútrida.''
(Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma)

I. 'A morte tinha fixado a sua pequena beleza e o seu aspecto pueril...'

II. '...eram pirâmides de pedra tosca, retratos, caramanchões extravagantes...'

III. '...não se pode conhecer e é lama pútrida.'

Nos trechos acima, as palavras destacadas significam, respectivamente:
infantil, galpões de ripa, preta.
ingênuo, salões de baile, podre.
infantil, galpões de ripa, podre.
juvenil, salões de baile, preta.
senil, galpões de ripa, podre.
2) Qual o único período em que o verbo não é de ligação?
'...a casa de Albernaz esteve os dous dias cheia...'
'Era ela mesma ali...'
'Era a Ismênia dolente e pobre de nervos...'
'...que estava dentro daquelas quatro tábuas.'
...são longas...
3) No período '...havia túmulos arrogantes, vaidosos, orgulhosos, humildes, alegres e tristes...', o verbo haver é empregado:
no lugar do verbo ter, por isso pode ser usado tanto no singular quanto no plural.
como verbo impessoal, no sentido de 'existir'; por isso, só pode ser empregado na 3ª pessoa do singular.
como verbo impessoal em lugar de existir, por isso deveria ser empregado no plural, ou seja, haviam, porque concorda com o sujeito composto.
no singular porque o sujeito é simples.
no singular porque está substituindo fazia, indicando tempo.
4) Com base no texto, é incorreto afirmar:
'Quaresma foi ao enterro...' - o sujeito é simples, expresso pelo nome Quaresma.
'...e foi ver a moça, no caixão...' - o sujeito dessa oração está elíptico.
'...e se queriam aproximar...' - o sujeito está elíptico e se encontra presente no contexto.
'...em outras, transparecia repugnância...' - o sujeito está elíptico e só pode ser depreendido do contexto.
'...o cemitério surgiu aos seus olhos...' - o sujeito é simples, expresso pelo substantivo cemitério.
5) O termo destacado é responsável pela pessoa em que o verbo se encontra em:
'com a inocência e a falta de acento próprio que tinha tido em vida.'
'Havia ali, naquele mudo laboratório de decomposições, solicitações incompreensíveis, repulsões, simpatias e antipatias.'
'...e de muitos ressumava o esforço, um esforço extraordinário...'
'As inscrições exuberam: são longas...'
'...têm datas, sobrenomes, filiações...'
6) Nas alternativas seguintes, as palavras destacadas têm a mesma função sintática, exceto em:
'...com a inocência e a falta de acento próprio que tinha tido em vida.'
'...para escapar ao nivelamento da morte, ao apagamento...'
'...para escapar ao nivelamento da morte, ao apagamento...'
'...que ela traz às condições e às fortunas.'
'...que ela traz às condições e às fortunas.'
7) Assinale a alternativa em que o termo em negrito expressa um modo de ação.
'Quaresma foi ao enterro...'
'...e ela ia para a cova com a insignificância, com a inocência...'
'...viu o caixão do coche parar na porta do cemitério, atravessar pelas ruas dos túmulos...'
'...viu o caixão do coche parar na porta do cemitério, atravessar pelas ruas dos túmulos...'
'Algumas sepulturas como se olhavam com afeto e se queriam aproximar...'
8) '...mas veio, e foi ver a pobre moça, no caixão, coberta de flores, vestida de noiva, com um ar imaculado de imagem.'
A função sintática do termo destacado na frase acima é a mesma do que vem destacado em:
'Ocorre-me uma reflexão imoral, que é ao mesmo tempo uma correção de estilo.' (Machado de Assis)
'Eram sólidos e bons os móveis, de jacarandá lavrado, e todas as demais alfaias...' (Machado de Assis)
'Ultimamente, restituído à forma humana, vi chegar um hipopótamo que me arrebatou.' (Machado de Assis)
'O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio...' (Lima Barreto)
'Cresci; e nisso é que a família não interveio; cresci naturalmente, como crescem as magnólias e os gatos.'
9) Sobre as cantigas de amigo, só não se pode dizer que:
a mulher aparece, explícita ou implicitamente, integrada à natureza, na fonte ou na romaria, no rio ou na praia.
se caracterizam por um terno realismo, exprimindo singelos quadros sentimentais, dramas e situações da vida amorosa de moças do povo.
discursa nelas uma voz feminina que recorre a sentimentos essenciais e constantes da afetividade humana.
são de origem provençal e têm como tema constante a coita, ou seja, o sofrimento ocasionado pelo amor não-correspondido.
se compõem, em geral, de versos paralelísticos acompanhados de refrão.
10) Considere as seguintes afirmações sobre a lírica de Camões.

I. Embora tenha sido o maior mestre, em Portugal, do novo estilo renascentista, elaborado na 'medida nova', compôs também numerosos poemas em formas tradicionais, na chamada 'medida velha'.

II. Encontram-se em seus poemas amargas reflexões sobre o destino, o sentido da experiência e a desproporção entre os valores e os fatos.

III. Seus poemas amorosos são marcados pela espiritualização da mulher, que neles aparece despojada de qualquer atributo sensorial e, portanto, despida de qualquer sensualidade.

Quanto a essas afirmações, deve-se concluir que está(ão) correta(s):
todas.
apenas a I.
apenas a II.
apenas a I e a II.
apenas a II e a III.
11) Texto para a questão.
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito (fruto)
Naquele engano da alma, ledo e cego, (alegre)
Que a Fortuna não deixa durar muito, (Destino)
Nos saudosos campos do Mondego, (rio de Coimbra)
De teus fermosos olhos nunca enxuito, (enxuto)
Aos montes insinando e às ervinhas (ensinando)
O nome que no peito escrito tinhas.
(Camões, Os Lusíadas, III, 120)

O trecho acima inicia o episódio de Inês de Castro, aquela que 'depois de ser morta foi rainha'. Sobre ele, aponte a alternativa incorreta.
Os versos correspondem à chamada 'medida nova' (decassílabos).
Os versos transcritos formam uma oitava-rima, que é a estrofe utilizada no poema.
Camões narra o fato como um episódio guerreiro dentro de Os Lusíadas.
Os três atributos destacados em Inês são a beleza, a juventude e a paixão.
A natureza é apresentada como solidária de Inês em seu amor por D. Pedro.
12) Textos para a questão.

Texto I

Mais tempo que os feitos vive a Palavra,
o que quer que seja que a língua, pelo favor
das Graças, retira da profundeza da mente.
(Píndaro - 'Nemea', IV, 6-8)

Texto II

Cara minha inimiga, em cuja mão
Pôs meus contentamentos a ventura (destino)
Faltou-te a ti na terra sepultura,
Porque me falte a mim consolação.

Eternamente as águas lograrão (possuirão)
A tua peregrina formosura,
Mas enquanto me a mim a vida dura
Sempre viva em minh'alma te acharão.

E se os meus rudos versos podem tanto (rudes)
Que possam prometer-te longa história
Daquele amor tão puro e verdadeiro,
Celebrada serás sempre em meu canto,
Porque enquanto no mundo houver memória
Será minha escritura teu letreiro. (epitáfio, inscrição que que se faz em túmulos)
(Camões)

Como se relaciona o tema do soneto de Camões com o pensamento de Píndaro?
O eu-lírico confia na imortalidade de seus versos, que guardarão para sempre a memória da amada.
As águas possuirão eternamente a beleza da musa inspiradora morta.
A mulher a quem o poeta ama viverá em sua alma enquanto ele viver.
O destino pôs os contentamentos do eu-lírico nas mãos de uma inimiga.
A ausência de sepultura para aquela a quem o texto se refere é a causa do desconsolo do poeta.
13) Assinale a alternativa incorreta sobre a obra de Gil Vicente.
Criou, em fins da Idade Média, textos poéticos (principalmente em versos redondilhos) para representações teatrais.
Suas farsas apresentam temática profana e satírica, enquanto seus autos têm caráter predominantemente religioso, sem qualquer preocupação moralizante.
Influenciou autores modernistas do século 20 como Ariano Suassuna, no Auto da Compadecida, e João Cabral de Melo Neto, em Morte e Vida Severina.
A crítica, em sua obra, responsabiliza os próprios indivíduos por seus vícios, e não as instituições a que pertencem.
Grande parte de suas personagens não têm nome de batismo, sendo designadas pela profissão ou tipo humano que representam.
14) ''Texto para a questão.

Sermão da Sexagésima

Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo tão empeçado [transtornado], um estilo tão dificultoso, um estilo tão afetado, um estilo tão encontrado [contrário] a toda a arte e a toda a natureza? Boa razão é também esta. O estilo há de ser muito fácil e muito natural. Por isso Cristo comparou o pregar ao semear. [...] Compara Cristo o pregar ao semear, porque o semear é uma arte que tem mais de natureza que de arte. [...]
[...]
Já que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilo do mais antigo pregador que houve no Mundo. E qual foi ele? - O mais antigo pregador que houve no Mundo foi o Céu. [...] Suposto que o Céu é pregador, deve ter sermões e deve ter palavras. [...] E quais são estes sermões e estas palavras do Céu? - As palavras são as estrelas, os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. [...] O pregador há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. [...] Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia, de outra há de estar noite? Se de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com o seu contrário? [...]
[...]
Mas dir-me-eis: Padre, os pregadores de hoje não pregam do Evangelho, não pregam das Sagradas Escrituras? Pois como não pregam a palavra de Deus? - Esse é o mal. Pregam palavras de Deus, mas não pregam a palavra de Deus.'' (Padre Antônio Vieira)

Observe o estilo utilizado por Vieira no desenvolvimento de seu sermão e assinale a opção incorreta.
As interrogações constantes têm a finalidade de direcionar o pensamento do ouvinte e encadear suas idéias.
Mencionam-se passagens bíblicas que se relacionam com o tema.
Ao empregar a expressão 'xadrez de palavras', Vieira critica o conceptismo barroco.
Em 'branco' versus 'negro', 'dia' versus 'noite', o autor dá exemplos do que seria o abuso de antíteses.
No final do texto há um jogo com o vocábulo palavra, no qual se distinguem sentidos através da contraposição de singular e plural, com presença ou ausência de artigo.
15) Texto para as questões de 15 a 20.

Já, já me vai, Marília, branquejando
Louro cabelo, que circula a testa;
Este mesmo, que alveja, vai caindo,
E pouco já me resta.

As faces vão perdendo as vivas cores,
E vão-se sobre os ossos enrugando,
Vai fugindo a viveza dos meus olhos;
Tudo se vai mudando.

Se quero levantar-me, as costas vergam;
As forças dos meus membros já se gastam;
Vou a dar pela casa uns curtos passos,
Pesam-me os pés e arrastam.

Se algum dia me vires desta sorte,
Vê que assim me não pôs a mão dos anos:
Os trabalhos, Marília, os sentimentos
Fazem os mesmos danos.

Mal te vir, me dará em poucos dias
A minha mocidade o doce gosto;
Verás brunir-se a pele, o corpo encher-se,
Voltar a cor ao rosto.

No calmoso verão as plantas secam; (caloroso)
Na primavera, que os mortais encanta,
Apenas cai do céu o fresco orvalho,
Verdeja logo a planta.

A doença deforma a quem padece;
Mas logo que a doença faz seu termo,
Torna, Marília, a ser quem era dantes
O definhado enfermo.

Supõe-me qual doente, ou qual a planta,
No meio da desgraça que me altera:
Eu também te suponho qual saúde,
Ou qual a primavera.

Se dão esses teus meigos, vivos olhos
Aos mesmos astros luz e vida às flores, (próprios)
Que efeito não farão em quem por eles
Sempre morreu de amores?
(Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu, Segunda Parte, Lira IV)

Na primeira estrofe, sempre se dirigindo a Marília, o poeta apresenta-se:
desprezado e desesperançado.
senil e arrependido.
grisalho e calvo.
empobrecido e feio.
convalescente e de aspecto envelhecido.
16) 'Já, já', no primeiro verso, equivale à locução adverbial:
'de vez em quando'.
'frequentemente'.
'dentro em breve'.
'paulatinamente'.
'pouco provavelmente'.
17) Lendo a quarta estrofe, percebemos que, nas três primeiras,
descreve-se a lastimável decadência física em que se encontra o poeta.
transparece tão-somente o desespero emocional do poeta.
há uma imaginativa antevisão da precoce decadência física do eu-lírico.
revela-se uma surpreendente constatação da decadência psicológica do poeta.
há a descrição de um pesadelo provocado pelo estado de angústia do autor.
18) Versos adiante, vamos encontrar duas imagens que podem ser entendidas como síntese das três primeiras estrofes. São elas:
primavera e verão.
saúde e planta.
mocidade e orvalho.
flores e amores.
verão e doença.
19) 'Mal te vir, me dará em poucos dias
A minha mocidade o doce gosto'
Entende-se que:
a visão da própria degenerescência daria motivação ao poeta para recobrar suas forças e sua vontade de viver.
a presença de Marília é que provocou todos os males de que padece o poeta.
bastaria ao poeta ver Marília para conseguir súbito rejuvenescimento.
só longe de Marília o poeta encontrará tranquilidade e poderá recuperar sua juventude.
a visão, isto é, a consciência de sua infelicidade amorosa, só faz aumentar o infortúnio do poeta.
20) O exagero é bem próprio dos amantes e dos poetas. E Gonzaga, tão poeta quanto amante, utiliza esse recurso. A hipérbole foi utilizada nos versos:
'Vou a dar pela casa uns curtos passos,
Pesam-me os pés e arrastam'.
'No calmoso verão as plantas secam'.
'Mas logo que a doença faz seu termo,
Torna, Marília, a ser quem era dantes
O definhado enfermo'.
'As forças dos meus membros já se gastam'.
'...dão esses teus meigos, vivos olhos
Aos mesmos astros luz e vida às flores...'
21) Em cada uma das alternativas abaixo há um adjetivo e, ao lado dele, um verso de Gonzaga cujo sentido corresponde ao adjetivo. Assinale a alternativa em que tal correspondência não foi observada.
Alquebrado: 'Se quero levantar-me as costas vergam'.
Encarquilhado: 'E vão-se sobre os ossos enrugando'.
Macilento: 'As faces vão perdendo as vivas cores'.
Encanecido: 'Vai fugindo a viveza dos meus olhos'.
Trôpego: 'Pesam-me os pés e arrastam'.
22) Texto para as questões 22 a 24.
A Jesus Cristo, Nosso Senhor

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido; (1)
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida e já cobrada (2)
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.

(Gregório de Matos)

(1) me (hei) despido: me despojei, me privei
(2) cobrada: recuperada

De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
O poeta, ao dirigir o seu pedido de perdão a Jesus Cristo, tem a certeza de que será atendido, já que, em vida, portou-se como uma ovelha em busca da glória.
O texto apresenta uma visão fatalista do perdão divino: os atos praticados na Terra é que nos habilitam a ele, afastando-se qualquer possibilidade de argumentação na hora do nosso juízo final.
O perdão divino só é concedido se a medida do pecado e a do arrependimento forem proporcionais: quanto maior o pecado, maior deve ser o arrependimento.
Ao se comparar à ovelha desgarrada da sacra história, o poeta já antecipa o que ele espera de Nosso Senhor Jesus Cristo e não admite outra solução para o seu destino.
O pecador, ao se arrepender, deve apresentar um comportamento ainda mais irrepreensível que os demais homens, porque, senão, poderá perder definitivamente a glória divina.
23) Considere as seguintes afirmações sobre o soneto de Gregório de Matos.

I. O poema é predominantemente narrativo, já que o poeta procura narrar sua vida virtuosa na Terra, a fim de obter o perdão divino.

II. O poema estabelece, tacitamente, uma relação de existência entre o pecador e aquele que perdoa: a prática do pecado é que justifica a prática do perdão; o segundo não existiria sem o primeiro.

III. O soneto é argumentativo e apresenta um raciocínio lógico em que o poeta apresenta a Nosso Senhor Jesus Cristo a plausibilidade de sua salvação.

IV. O poeta, ao longo do soneto, descobre que seu raciocínio é falho. Assim, os dois últimos versos revelam sua insubordinação e revolta diante da fragilidade de seus argumentos e da infinita sabedoria divina.

Está correto o que se afirma em:
todos os itens.
II e III, apenas.
I e II, apenas.
III e IV, apenas.
nenhum item.
24) Os versos 'Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, / Da vossa alta clemência me despido':
atestam um raciocínio linear, cuja lógica se baseia na relação sintática estabelecida pela conjunção mas.
apresentam um raciocínio que será contradito ao longo do poema, jogo retórico que o poeta utiliza para obter o perdão divino.
demonstram já a fragilidade do raciocínio e da argumentação do poeta para conseguir o perdão divino.
adiantam, pela coerência de raciocínio, que o poeta vai procurar obter o perdão divino na evidência dos fatos que comprovam a autenticidade do seu arrependimento.
encerram um tipo de raciocínio opositivo que vai se repetir nos versos 3-4, 5-6 e 7-8.
25) Assinale a frase que não apresenta ambiguidade:
'Acabamos com o último bloqueio que você tinha com computadores. Leasing, cartão, em três prestações ou à vista.'
'No Brasil, os meninos de rua recebem bala gratuitamente.'
'Hoje você é uma uva. Mas, cuidado, uva passa.'
'Pare de fumar correndo.' (Campanha contra o fumo).
'Seja paciente no trânsito para não ser paciente no hospital.'
26) I. Partindo da descoberta de um único princípio - a Lei da Gravidade -, Isaac Newton praticamente criou toda uma nova disciplina, a Dinâmica: nada menos que as leis que governam todo o movimento dos corpos no Universo e sua interação. Tornou-se possível prever medidas de tempo, espaço, peso com exatidão inédita e, assim, nasceu uma visão científica batizada de 'determinismo'.
(Revista Superinteressante)

II. Há uma grande diferença entre as duas posições: dizer-se ateu é recusar a existência de um Deus, enquanto o agnosticismo ('sem conhecimento', em grego) significa admitir apenas que não se sabe nada sobre dimensões sobrenaturais do Universo.
(Revista Superinteressante)

As funções da linguagem que predominam nos trechos dados são, respectivamente:
metalinguística e fática.
referencial e conativa.
emotiva e poética.
conativa e metalinguística.
referencial e metalinguística.
Luciane.

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