segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Preparação Intensiva Spaece

Preparação Intensiva:Spaece -2011
Localizar informações em um texto (Descritor 1)
Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas
 
Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram que os adolescentes 
dizem sempre a mesma coisa quando voltam tarde de uma festa. 
Conheça seis desculpas entre as mais usadas. Uma sugestão: evite-as. 
Os pais não acreditam.

– Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito
mal. Até o socorro chegar... A gente não podia deixar a pobre 
velhinha sozinha, não é?
– O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro. Mas não se pre-
ocupem, ninguém se machucou!
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– Cheguei um minuto depois do ônibus ter partido. Aí tive de ficar horas esperando uma carona...
– Você acredita que o meu relógio parou e eu nem percebi?
– Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar tarde, não se 
lembram?
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– Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o telefone daqui só dava
ocupado!
 
1. De acordo com o texto, os pais não acreditam em
(A) adolescentes.
(B) psicólogos.
(C) pesquisas.
(D) desculpas.
Descobrir sentido da expressão (Descritor 3)
O Sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!” Olhou fundo nos olhos dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo. 

ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.

1. No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava”, a expressão destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.
Descobrir uma informação no texto (Descritor 4)
O Drama das Paixões Platônicas na Adolescência
 
 
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e 
audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira. 
Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato 
do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos 
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de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, 
pois o moço só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio” da escola. 
E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis 
da conquista elaboradas pela amiga.

Revista Escola, março 2004, p. 63 

Pode-se deduzir do texto que Bruno
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais.
Identificar tema do texto (Descritor 6)
 As Amazônias
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Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a
Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja 
pela região não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do
mundo. No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas,
     
cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios
desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.

SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
2. O texto trata
(A) da importância econômica do rio Amazonas.
(B) das características da região Amazônica.
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação amazônica
.Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato (Descritor 14)3. A frase que contém uma opinião é
(A) “cobre mais da metade do território brasileiro” (l. 2).
(B) “não cansa de admirar as belezas da maior floresta” (l. 3).
(C) “...maior floresta tropical do mundo” (l. -3-4).
(D) “Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas” (l. 5-6).
Todo ponto de vista é a vista de um ponto
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a
partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são
seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar
social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em
que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças
o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999
1- A expressão “com os olhos que tem” (? .1), no texto, tem o sentido de
(A) enfatizar a leitura.
(B) incentivar a leitura.
(C) individualizar a leitura.
(D) priorizar a leitura.
(E) valorizar a leitura.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
Exemplo de item do descritor D4:
Canguru
Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma língua nativa australiana e
quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália,
ao ver aquele estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura,
perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu guugu
yimidhirr, em língua local, Gan-guruu, “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas
divertidas origens, pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum
dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão.

dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão.
Definição precisa encontrei, como quase sempre, em Partridge:
Kangarroo; wallaby
As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas
pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes.
Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável lingüista e grande
amigo de Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do
nome canguru. Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais
bonitinha”. Também acho.
Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gravata.com/millor.
2- Pode-se inferir do texto que
(A) as descobertas científicas têm de ser comunicadas aos lingüistas.
(B) os dicionários etimológicos guardam a origem das palavras.
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: puladores e saltadores.
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência religiosa.
(E) os nativos desconheciam o significado de canguru.

D6 – Identificar o tema de um texto.
Exemplo de item do descritor D6:
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.
3- O tema do texto é
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento.
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento.
(D) a recordação de uma época de juventude.
(E) a revolta diante do espelho.

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
Exemplo de item do descritor D14:
Senhora
(Fragmento)
Aurélia passava agora as noites solitárias.
Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer para
justificar sua ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também não
contestava esses fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema
desagradável.
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez de coração
não lhe consentia queixar-se. Além de que, ela tinha sobre o amor idéias singulares,
talvez inspiradas pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e pois toda
a afeição que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se
lembrava que esse amor a poupara à degradação de um casamento de
conveniência, nome com que se decora o mercado matrimonial, tinha impulsos de
adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.
Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica dedicação, que
entretanto assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe
retribuía o homem amado, e se deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem
fazer um esforço para reter a ventura que foge.
Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos
abstemos; porque o coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o
caos do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir
nesses limbos.
ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8.
4- O narrador revela uma opinião no trecho
(A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.” (l . 1)
(B) “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”(l . 4-5)
(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...” (l . 12-13)
(D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...” (l. 16)
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...”

Luciane.

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