quinta-feira, 27 de maio de 2010

Olimpíada -Língua portuguesa-Atividades.2º ano A

Seguem aqui algumas atividades que ajudarão o aluno a diferenciar notícia e artigo de opinião.As atividades foram selecionadas em sites especializados no tema.Aproveitem e leiam.É uma boa dica.Escrever não é uma tarefa simples. Ninguém nasce sabendo escrever, mas todos podem aprender a produzir bons textos, desde que sejam bem orientados a fazê-los e se empenhem.Sabemos que o processo de escrever é longo, e que vai além da escola. Para escrever é preciso algum domínio do conteúdo e do gênero a que pertence o texto em questão, como organização, construção de períodos e escolha adequada das palavras.Tudo isso exige planejar, escrever, revisar e muitas vezes reescrever o texto mais de uma vez.TRABALHANDO COM ARTIGOS.Geralmente artigos de opinião são publicados em jornais, revistas e sites que discutem questões polêmicas que atingem um grande número de pessoas. Além de exigir o uso da argumentação, e a discussão de problemas que envolvem a coletividade.Compreender e produzir artigos de opinião é uma maneira de estar no mundo de uma forma mais critica e atuante.Atividades Artigo de Opinião.Leitura de vários textos desse gênero procurando identificar o tipo de texto, sua finalidade e a intenção do autor sobre o assunto.TEXTO 1
Menor participa de 1% dos homicídios em SP

Levantamento da secretaria de Segurança surpreende tanto defensores como contrários à redução da maioridade penal .
(Gilmar Penteado da reportagem local)
Estatística inédita revela que é pequena a participação de menores de 18 anos na autoria de crimes graves em São Paulo. Eles são responsáveis por cerca de 1% dos homicídios dolosos (com intenção) em todo o Estado. Eles também estão envolvidos em 1,5% do total de roubos maior motivo de internação na FEBEM- e 2,6% dos latrocínios (roubo com a morte da vítima). De acordo com o IBGE, essa faixa etária representa 36% da população.
Os dados, calculados com base em ocorrências em que foi possível identificar se o criminoso era menor ou não, surpreenderam tanto defensores como contrários à redução da maioridade penal.
Pesquisa feita em dezembro pelo Datafolha indicou que 84% da população defendem a redução da maioridade penal.
(...)
"Esses números derrubam o mito da periculosidade dos jovens e mostram que a redução da maioridade penal vai ter um impacto muito pequeno e ineficaz", afirmou o sociólogo e doutor em ciência polícia Túlio Kahn, coordenador-executivo da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento.)
(...)
" Essas imagens enviesadas, de que o jovem está envolvido com crimes graves, podem sustentar políticas públicas e leis que não atacam a raiz do problema e que podem até piorar a situação", disse o coordenador.
A participação dos adolescentes só ultrapassa a faixa dos 10% nos crimes de tráfico de drogas (12,8%) e porte ilegal de arma (14,8%), segundo a CAP.

Texto 2

O endurecimento das penas seguramente é um instrumento de inibição à criminalidade.
Ari Friedenbac
A responsabilização do menor por seus atos infracionais tem de ser debatida com a serenidade que o tema exige. A sociedade vem expressando com clareza sua preocupação com a crescente violência, notadamente nos grandes centros. Não podemos conceber que se pretenda educar as novas gerações sem que se transmita às crianças e aos jovens o claro conhecimento de limites.
É inegável que reprimir é parte integrante do processo educativo, E isso deve ocorrer no âmbito da sociedade. Evidentemente, não se pode falar em punição sem que se atue com o efetivo intuito de evitar que o cidadão, seja ele menor ou maior de 18 anos, cometa qualquer ato infracional, ou seja, há que se atuar com determinação no sentido de permitir a inclusão social de todos os brasileiros, dando-lhes, antes de tudo, o direito e as condições de fazer um efetivo planejamento familiar e propiciando-lhes acesso a saúde, educação trabalho.
Concomitantemente, há que se aparelhar o Estado para atuar quando estamos sendo impedidos de exercer nossos direitos mais essenciais: o direito à vida e o de ir e vir.
Quando falo em repressão, evidentemente não estou querendo apoiar qualquer política favorável a negar direitos civis. Não apóio qualquer prática de tortura ou violência. No entanto, a colocação de limites à criança, ao jovem e ao adolescente é uma forma inequívoca de educá-los. O polêmico debate a respeito da maioridade penal não pode ser encaminhado como uma questão meramente matemática. Não se trata de 18, 16 ou 14 anos.
(...)

Atividade 2
Depois da leitura e entendimento dos textos, o aluno deverá ser capaz de definir e diferenciar um artigo de opinião de uma notícia.

Notícia: é uma espécie de relato, constituído de fragmentos de discursos sendo que se suprimíssemos as falas alheias, não restaria quase nada e é fala de outro que torna a informação mais verdadeira.

Artigo de opinião: discute questões e problemas sociais importantes da atualidade e tenta fazer o leitor a aderir ao seu ponto de vista, através de sua capacidade argumentativa.

Atividade 3

Fazer a diferenciação dos textos seguintes, verificando qual é artigo e qual é notícia, mostrando a opinião de ambos os autores.

Trecho 1

"(...) Na última safra, mais de 80% da soja plantada no estado (RS) foi transgênica. Os agricultores gaúchos esperam a decisão do governo para saber se poderão utilizar sementes de organismo modificado geneticamente para a próxima safra ou não. Publicamente, já disseram que, mesmo que sem permissão, pretendem repetir o uso (...)."
(Da sucursal de Brasília, Folha de S.Paulo, 18/9/2004)

Trecho 2

"(...) Dessa forma, fica claro que não devemos abrir mão dos novos avanços tecnológicos pelo simples medo do novo, mas, adotadas as medidas de segurança apropriadas, como têm feito todas as noções onde a biotecnologia já é uma realidade, inclusive o Brasil, devemos usufruir dos benefícios que ela nos proporciona, sob o risco de, em não o fazendo, ficarmos atrelados a uma estagnação no ciclo evolutivas (...).
A adoção da biotecnologia tem oferecido aos pequenos agricultores de países como a Índia novas alternativas e soluções para o aumento de sua produtividade, além da simplificação do manejo da lavoura, oferecendo-lhes uma melhor qualidade de vida (...)."
Rick Greubel (Folha de S.Paulo, 13/2/2003)

Atividade 4
Identificar em dois artigos de opinião, mostrando qual a questão controversa que esta sendo discutida e qual a posição dos autores, depois identificar e diferenciar os argumentos utilizados para defendê-la.

Artigo 1

Eu amo essa cidade
Marcelo Rubens Paiva

Eu amo São Paulo. Nasci aqui, quando ela era ainda uma fria cidade organizada - o Cento era no centro, nos bairros as pessoas moravam -, provinciana, de muitas casas com quintais, sua noite era do silêncio, quando havia mais praças do que avenidas e aos fins de semana não havia o que fazer. Já morei em outras cidades, até na mais linda de todas, o Rio de Janeiro. Mas sempre volto. Pior: com saudades.
Como escritor, eu poderia morar em qualquer lugar bucólico do mundo, escrever diante de uma paisagem deslumbrante. Mas, e se o computador der pau, quem conserta? E se der fome à noite, quem entrega comida? E se eu quiser pesquisar algo na biblioteca, terá alguma completa por perto? E se eu quiser relaxar e ver um filme de arte, terá algum cinema na região? E se eu quiser me inspirar e assistir a uma peça do Antunes? E se eu quiser voar e participar do teatro-ritual de Zé Celso? E se eu quiser dançar um determinado estilo? E onde estarão os amigos de todas as partes do Brasil? E uma pardoca aberta de madrugada, quando bater a insônia? E uma festa maluca, que começa às 2h, num galpão abandonado? E quando trouxerem uma exposição sobre a China, ela estará por perto? E haverá uma feira de livros com todas as editoras representadas? Aliás, dará para eu comprar livros a qualquer hora do dia? E se eu quiser um mojito cubano? Ou o novo "The Strokes"? Ou uma raridade? E se eu estiver duro, terá uma peça do Mário Bortolotto custando R$1, ou um Shakespeare grátis no teatro do SESI? E sebos com livros usados?
,E cursos grátis do SESC? Posso ser ouvinte de uma universidade? Aparecer nas palestras do Instituto Moreira Salles?
Quem decide se mudar de São Paulo deve abrir mão de tudo isso. Olha o dilema: uma vez morando nela, consegue livrar do que faz bem à alma? Há qualidade de vida nesse paradoxo. Há também estresse sem tantos serviços. É desesperador ter uma paisagem deslumbrante, mas o computador não tem conserto.
São Paulo não tem cara. É um caleidoscópio do caos. Por isso, fascina. Por isso, funciona. Das marginais, vê-se a cidade se acotovelar no sentido da cordilheira da avenida Paulista. Sobre ela, a indefinida cor da poluição. (...)
São Paulo é o mundo entre seus rios. Não existe nada igual. É única e essencial. Nas calçadas, não se estranha um negro de mãos dadas com uma loira, um japonês gordo jogando dominó com m cego, um português rindo da piada do italiano, um índio executivo de terno e gravata falando ao celular, um árabe beijando um judeu, punks lésbicas bebendo cerveja, um camelô lendo Dostoievski, hare krishnas paquerando patricinhas no farol, um anão carregando um trombone,
um malabarista cuspindo fogo, desempregados vendendo canetas coreanas. São Paulo é sua gente.
Em muitos bairros, ainda se diz afetuosamente "bom dia" às manhãs. Um café com leite se chama "média". O pão é crocante e feito na hora. O sol nem nasceu. Gente voltando da balada é servida no mesmo balcão que gente indo ao trabalho. E um pastel de feira não faz mal a ninguém.
São Paulo mudou muito nas últimas décadas. São Paulo sempre muda muito. Ficou melhor e pior. Ela ganhou a violência urbana. A desigualdade nunca foi tamanha. E, para um deficiente, está sempre atrasada em relação a outras cidades, suas calçadas são difíceis, o transporte público não é adaptado. Mas ela ganhou a mostra de Cinema, festivais de jazz, um número enorme de casas noturnas, restaurantes e livrarias. A cada ano, teatros e cinemas são inaugurados. Institutos culturais também. E quase sempre há acesso para os deficientes.
A cidade está na rota das grandes exposições. Pina Bausch nunca deixa de se apresentar por aqui. E já vieram Nirvana, U2, até Stevie Wonder. Alguns tocam de graça no Ibirapuera domingo de manhã. Aos 15 anos, assiste a Miles Davis no Municipal. E ao balé Sagração da Primavera do Bolshoi. Vi Ray Charles também. Até conversei com ele no saguão do Hotel Transamérica. Conversei também com Kurt Cobain no saguão do Maksoud. Bem, entre os passarinhos do campo, o barulho do mar, as cigarras cantando, prefiro o mundo.
Marcelo Rubens Paiva, 44, jornalista e escritor.

Artigo 2
Sobreviver em São PauloFerrézParece até um título fácil, mas na realidade não. Bom... é sim para quem mora em determinado lugar de São Paulo. Pode-se dizer que a cidade é subdivida em duas, isso é claro, central e periférica, a parte difícil é dizer quem cerca quem.Que os moradores da periferia (como eu, ta ligado?) vão ao centro para prestar serviço não é nenhuma novidade, mas e a diversão? E desfrutar da cidade?Ai são outros quinhentos, ou melhor, são outros 450.Poderia citar milhões de motivos para não gostar da cidade, poderia divagar por mil fitas, mas a cidade é mãe, terra arranha-céus, pátria dos desabrigados, lar de Germano Mathias, e sempre será assim. São Paulo continuará iludindo com sua leve manta, e se andarmos à noite por ela não veremos somente boates, bares, casas de relaxamento, ruas nobres que parecem as de Londres, comércios luxuosos que nos fazem ir para Tóquio, lojas que nos levam ao passado e a pôr um pé no futuro. Mas se olharmos com detalhe veremos crianças, filhos de seus não tão ilustres moradores, acompanhados da famosa "senhora do chapelão", a fome em quase toda esquina."Mas passa fome quem quer em São Paulo", já o sábio professor a sua turma de alunos escolhidos pelo sistema financeiro de algum colégio tipo o Salesiano. É quente. Quem não quiser que venda chiclete, balinha, Bob Esponja, afinal não é igual para todos a entrega do troféu de cidadão honorário.Vem maranhense, vem pernambucano, vem baiano, mas daqui direto para o albergue, ou quem sabe para a periferia. (São Paulo é a segunda Bahia e o segundo Rio em termos de baianos e cariocas.) Não há vagas, mas á espaço para todos, desde que cada um esteja no seu devido lugar, certo, manos?Esse é só um lado da cidade? Pode ser, sangue bom, mas é o lado que eu conheço, com que convivo, de onde vejo somente as costa do Borba Gato, segurando seu fuzil, deixando claro que estamos sendo vigiados, o lado que me dá a lágrima, que reparte a dor da perda, o lado de quem não tem lado, de quem nunca é retratado, dá até rima, seu carro tem ar-condicionado, aqui na periferia só moleque descalço.Venham todos ver nesse aniversário o rapa da prefeitura tomar a barraca daquela dona Maria que era empregada e perdeu o emprego porque o filho saiu no Cidade Alerta. Venham festejar com o vizinho que saiu da cadeia há dois dias e ainda não sabe como irá fazer para comer e vestir, vem que tem vaga para você, aqui é SP.A terra onde matar periférico causa silêncio e frustração, e matar do outro lado da ponte causa indignação, passeatas, mudança na legislação.E todos falam pra caramba, montam tese, mas passa um dia aqui para ver se sobra orgulho dos textos mentirosos, dos verbos bem colocados, das frases bem montadas, que emocionam que chocam e que no final são tudo um monte de mentiras, porque a São Paulo ao seu redor é de concreto e a nossa é de lama. A sua é: Moema, Morumbi, Jardim Paulista, Pinheiros, Itaim Bibi e Alto de Pinheiros. A nossa é: Jardim Ângela, Iguatemi, Lageado, São Rafael, Parelheiros, Marsilac, Cidade Tiradentes, Capão Redondo.Palavrão aqui na comunidade é "desemprego", aqui é Sampa também, mas do que marketing estamos além, fora da festa, fora da comemoração.Na área da barragem, onde vivem índios tupis-guaranis, ninguém está sabendo da festa. Em Campo Limpo, Grajaú e Brasilândia não vi ninguém encher de rosas nem ninguém restaurar, não vieram ao menos canalizar o córrego, no fim do dia não teve show, não teve visita de ninguém do poder público, mas vi um menino de 7 anos na ponte esperando a esperança, só não sei por quanto tempo. A única coisa que representa o governo por aqui é a polícia, então todos já imaginam como ele é representado.Ta certo! São Paulo é nossa também, afinal, cuidamos do dinheiro, lavamos vigiamos, passamos, limpamos, digitamos, afogamos, mágoas em pequenos bares, vivemos em pequenos casulos comemos o pouco da ração que sobrou do outro dia e ainda dizemos amém, Sampa city, você é meu berço, pois não nascemos com nenhum de verdade.Construímos e não moramos, fritamos e não comemos, assistimos, mas não vivemos, passamos vontade, mas passamos adiante. O quê? Ah! A parte boa da cidade! Bom, acho que vou passar essa, vou deixar para alguém que viva nela, pois o termo aqui para nós é sobrevivência, mas com certeza deve ter muita coisa boa nela, Sampa é bem grande, né! E tem muita diversidade cultural, assim como social.Somos somente um reflexo de tudo isso, os catadores de materiais recicláveis, os balconistas, os motoristas, os flanelinhas, as empregadas domésticas, os vendedores ambulantes, os vigilantes, os meninos da FEBEM, os 118 mil presos de todo o estado e mais uma porrada de gente que te saúda e deseja mais consciência e consideração nesse aniversário, São Paulo.Ferréz é o nome literário de Reginaldo Ferreira da Silva, 28, autor de Capão Redondo (Labortexto, 2000), romance sobre o cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, periferia de São Paulo, onde vive o escritor, e de Manual Prático do Ódio (Objetiva, 2003).
Atividade 5
Produzir um artigo sobre uma questão polêmica.
A questão polêmica escolhida foi: "As famílias devem cuidar de seu idosos em casa, ou entregá-los a instituições apropriadas para que cuidem deles?"
Esta é a nossa proposta de trabalho que avaliará a capacidade do aluno de organizar e argumentar.

tes que trabalham com esse tema.Aproveitem e leiam.Luciane(as questões aqui colocadas não são de minha autoria)

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