terça-feira, 27 de abril de 2010

Leitura de crônica humoristíca

AMOR, SUBLIME AMOR
- Benhê, você me ama mesmo?
- Amo, claro.
- Mesmo eu sendo mais velha do que você?
- Isso não tem nada demais, ué.
- É mesmo?
- Claro.
- Você me ama acima de qualquer coisa, de qualquer pessoa?
- Amo, acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa.- Você me ama acima de Deus?
- Amo.
- Você me ama... hum... acima até da sua própria vida?
- Eu daria a minha vida por você, minha santa.
- Hum... Você me amaria mesmo se eu perdesse todo o meu dinheiro?- Com certeza, benzinho. Mas por que tanta pergunta assim?
- Bom... Você promete que não vai ficar brabo?
- Prometo.
- No duro?
- No duro.
- Bom, é que eu... perdi tudo o que tinha, amor. Minhas empresas faliram. Todas. Só me restaram dívidas.
- É?
- É, meu lindo. Mas isso não tem importância, né? Já que você me ama acima de tudo, até da minha grana...
- Amor...
- Hã?
- Pode deixar que eu te gosto de qualquer jeito mesmo.
- Jura?
- Juro. E é por isso que hoje mesmo eu vou pros Estados Unidos ganhar bastante dinheiro pra gente poder se casar e viver com todo o conforto que você está acostumada.
- Sério, bem?
- Opa.
- Você vai hoje mesmo?
- Vou. Estou indo agorinha mesmo pro aeroporto comprar passagem pro primeiro avião.
- Nossa, bem, que legal! Eu sabia que você me amava mesmo. Eu sabia que o fato de eu ter sessenta anos e você, vinte e um, não tinha importância nenhuma. Mas você volta, né, amor?- Volto, sim. Com certeza
.- Quando, bem?- Bom, pelos meus cálculos, daqui a uns cinqüenta anos, minha santa... Adiós, old woman...

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