segunda-feira, 31 de maio de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa 1º ano

Hoje fizemos mais uma atividade proposta pela olimpíada de Língua Portuguesa-Fatos eFotos;onde saimos na rua para fotografarmos cenas que como diz Fernando Sabino,"dignas de uma crônica".O grupo foi dividido em pequenas equipes que conseguiram flagrar momentos realmente únicos no dia a dia de Jamacaru.Foi muito proveitoso o debate entre os grupos e as possíveis situações que formarão as crônicas das turmas.Aguarde as fotos nas próximas postagens.Luciane.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Artigos de opinião:Gravidez na adolescência

Artigo de opinião.
Gravidez na adolescência

Atualmente temos visto muitas adolescentes grávidas, e surge sempre a questão, por que isto acontece? Temos todos os métodos para que casos de gravidez indesejada não ocorram e mesmo assim os problemas continuam.
Isto acontece por falta de diálogo entre pais e filhos, pois muitos têm vergonha de conversar tais assuntos com sua família e não têm liberdade de expressar seus sentimentos, muitos pais acham constrangedor ter um diálogo aberto com seus filhos e essa falta de diálogo gera jovens mal instruídos que iniciam a vida sexual sem o mínimo de conhecimento. Especialistas afirmam que quando o jovem tem um bom diálogo com os pais, quando a escola também participa, promovendo explicações sobre como se prevenir, sobre o tempo certo para ter relações e gerar um filho, há uma baixa probabilidade de que ocorra gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis.
O local em que cada indivíduo cresce, família, comunidade e escola, influenciam em suas atitudes futuras. Há vários meios que divulgam sobre como se prevenir, mas falta maturidade para muitos jovens. Muitos não têm consciência que se cuidar é importante, pois um filho na adolescência pode atrapalhar todo um futuro, e as responsabilidades aumentam. Além de cuidar de si, a mãe precisa cuidar da criança, ter condições de criá-la, ter uma boa estrutura para dar uma boa educação, e ter responsabilidade com o futuro da criança.
A gravidez na adolescência envolve muito mais do que pensamos, problemas físicos, emocionais, sociais, entre outros. É muito importante que exista a consciência por parte dos jovens que atitudes inconseqüentes podem ter graves conseqüências, pois uma gravidez inesperada dificulta que o jovem tenha uma vida normal, como sair com os amigos e estudar. Viver e sonhar os sonhos da adolescência é uma experiência única, acreditar que um futuro bem sucedido espera, e é importante lutar para que isto aconteça.
A vida é cheia de desafios, perdas e vitórias, por isto é importante se cuidar, lembrar que um futuro cheio de emoções e realizações nos espera. Leia e aprimore seus conhecimentos
. Luciane.

Olimpíada -Língua portuguesa-Atividades.2º ano A

Seguem aqui algumas atividades que ajudarão o aluno a diferenciar notícia e artigo de opinião.As atividades foram selecionadas em sites especializados no tema.Aproveitem e leiam.É uma boa dica.Escrever não é uma tarefa simples. Ninguém nasce sabendo escrever, mas todos podem aprender a produzir bons textos, desde que sejam bem orientados a fazê-los e se empenhem.Sabemos que o processo de escrever é longo, e que vai além da escola. Para escrever é preciso algum domínio do conteúdo e do gênero a que pertence o texto em questão, como organização, construção de períodos e escolha adequada das palavras.Tudo isso exige planejar, escrever, revisar e muitas vezes reescrever o texto mais de uma vez.TRABALHANDO COM ARTIGOS.Geralmente artigos de opinião são publicados em jornais, revistas e sites que discutem questões polêmicas que atingem um grande número de pessoas. Além de exigir o uso da argumentação, e a discussão de problemas que envolvem a coletividade.Compreender e produzir artigos de opinião é uma maneira de estar no mundo de uma forma mais critica e atuante.Atividades Artigo de Opinião.Leitura de vários textos desse gênero procurando identificar o tipo de texto, sua finalidade e a intenção do autor sobre o assunto.TEXTO 1
Menor participa de 1% dos homicídios em SP

Levantamento da secretaria de Segurança surpreende tanto defensores como contrários à redução da maioridade penal .
(Gilmar Penteado da reportagem local)
Estatística inédita revela que é pequena a participação de menores de 18 anos na autoria de crimes graves em São Paulo. Eles são responsáveis por cerca de 1% dos homicídios dolosos (com intenção) em todo o Estado. Eles também estão envolvidos em 1,5% do total de roubos maior motivo de internação na FEBEM- e 2,6% dos latrocínios (roubo com a morte da vítima). De acordo com o IBGE, essa faixa etária representa 36% da população.
Os dados, calculados com base em ocorrências em que foi possível identificar se o criminoso era menor ou não, surpreenderam tanto defensores como contrários à redução da maioridade penal.
Pesquisa feita em dezembro pelo Datafolha indicou que 84% da população defendem a redução da maioridade penal.
(...)
"Esses números derrubam o mito da periculosidade dos jovens e mostram que a redução da maioridade penal vai ter um impacto muito pequeno e ineficaz", afirmou o sociólogo e doutor em ciência polícia Túlio Kahn, coordenador-executivo da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento.)
(...)
" Essas imagens enviesadas, de que o jovem está envolvido com crimes graves, podem sustentar políticas públicas e leis que não atacam a raiz do problema e que podem até piorar a situação", disse o coordenador.
A participação dos adolescentes só ultrapassa a faixa dos 10% nos crimes de tráfico de drogas (12,8%) e porte ilegal de arma (14,8%), segundo a CAP.

Texto 2

O endurecimento das penas seguramente é um instrumento de inibição à criminalidade.
Ari Friedenbac
A responsabilização do menor por seus atos infracionais tem de ser debatida com a serenidade que o tema exige. A sociedade vem expressando com clareza sua preocupação com a crescente violência, notadamente nos grandes centros. Não podemos conceber que se pretenda educar as novas gerações sem que se transmita às crianças e aos jovens o claro conhecimento de limites.
É inegável que reprimir é parte integrante do processo educativo, E isso deve ocorrer no âmbito da sociedade. Evidentemente, não se pode falar em punição sem que se atue com o efetivo intuito de evitar que o cidadão, seja ele menor ou maior de 18 anos, cometa qualquer ato infracional, ou seja, há que se atuar com determinação no sentido de permitir a inclusão social de todos os brasileiros, dando-lhes, antes de tudo, o direito e as condições de fazer um efetivo planejamento familiar e propiciando-lhes acesso a saúde, educação trabalho.
Concomitantemente, há que se aparelhar o Estado para atuar quando estamos sendo impedidos de exercer nossos direitos mais essenciais: o direito à vida e o de ir e vir.
Quando falo em repressão, evidentemente não estou querendo apoiar qualquer política favorável a negar direitos civis. Não apóio qualquer prática de tortura ou violência. No entanto, a colocação de limites à criança, ao jovem e ao adolescente é uma forma inequívoca de educá-los. O polêmico debate a respeito da maioridade penal não pode ser encaminhado como uma questão meramente matemática. Não se trata de 18, 16 ou 14 anos.
(...)

Atividade 2
Depois da leitura e entendimento dos textos, o aluno deverá ser capaz de definir e diferenciar um artigo de opinião de uma notícia.

Notícia: é uma espécie de relato, constituído de fragmentos de discursos sendo que se suprimíssemos as falas alheias, não restaria quase nada e é fala de outro que torna a informação mais verdadeira.

Artigo de opinião: discute questões e problemas sociais importantes da atualidade e tenta fazer o leitor a aderir ao seu ponto de vista, através de sua capacidade argumentativa.

Atividade 3

Fazer a diferenciação dos textos seguintes, verificando qual é artigo e qual é notícia, mostrando a opinião de ambos os autores.

Trecho 1

"(...) Na última safra, mais de 80% da soja plantada no estado (RS) foi transgênica. Os agricultores gaúchos esperam a decisão do governo para saber se poderão utilizar sementes de organismo modificado geneticamente para a próxima safra ou não. Publicamente, já disseram que, mesmo que sem permissão, pretendem repetir o uso (...)."
(Da sucursal de Brasília, Folha de S.Paulo, 18/9/2004)

Trecho 2

"(...) Dessa forma, fica claro que não devemos abrir mão dos novos avanços tecnológicos pelo simples medo do novo, mas, adotadas as medidas de segurança apropriadas, como têm feito todas as noções onde a biotecnologia já é uma realidade, inclusive o Brasil, devemos usufruir dos benefícios que ela nos proporciona, sob o risco de, em não o fazendo, ficarmos atrelados a uma estagnação no ciclo evolutivas (...).
A adoção da biotecnologia tem oferecido aos pequenos agricultores de países como a Índia novas alternativas e soluções para o aumento de sua produtividade, além da simplificação do manejo da lavoura, oferecendo-lhes uma melhor qualidade de vida (...)."
Rick Greubel (Folha de S.Paulo, 13/2/2003)

Atividade 4
Identificar em dois artigos de opinião, mostrando qual a questão controversa que esta sendo discutida e qual a posição dos autores, depois identificar e diferenciar os argumentos utilizados para defendê-la.

Artigo 1

Eu amo essa cidade
Marcelo Rubens Paiva

Eu amo São Paulo. Nasci aqui, quando ela era ainda uma fria cidade organizada - o Cento era no centro, nos bairros as pessoas moravam -, provinciana, de muitas casas com quintais, sua noite era do silêncio, quando havia mais praças do que avenidas e aos fins de semana não havia o que fazer. Já morei em outras cidades, até na mais linda de todas, o Rio de Janeiro. Mas sempre volto. Pior: com saudades.
Como escritor, eu poderia morar em qualquer lugar bucólico do mundo, escrever diante de uma paisagem deslumbrante. Mas, e se o computador der pau, quem conserta? E se der fome à noite, quem entrega comida? E se eu quiser pesquisar algo na biblioteca, terá alguma completa por perto? E se eu quiser relaxar e ver um filme de arte, terá algum cinema na região? E se eu quiser me inspirar e assistir a uma peça do Antunes? E se eu quiser voar e participar do teatro-ritual de Zé Celso? E se eu quiser dançar um determinado estilo? E onde estarão os amigos de todas as partes do Brasil? E uma pardoca aberta de madrugada, quando bater a insônia? E uma festa maluca, que começa às 2h, num galpão abandonado? E quando trouxerem uma exposição sobre a China, ela estará por perto? E haverá uma feira de livros com todas as editoras representadas? Aliás, dará para eu comprar livros a qualquer hora do dia? E se eu quiser um mojito cubano? Ou o novo "The Strokes"? Ou uma raridade? E se eu estiver duro, terá uma peça do Mário Bortolotto custando R$1, ou um Shakespeare grátis no teatro do SESI? E sebos com livros usados?
,E cursos grátis do SESC? Posso ser ouvinte de uma universidade? Aparecer nas palestras do Instituto Moreira Salles?
Quem decide se mudar de São Paulo deve abrir mão de tudo isso. Olha o dilema: uma vez morando nela, consegue livrar do que faz bem à alma? Há qualidade de vida nesse paradoxo. Há também estresse sem tantos serviços. É desesperador ter uma paisagem deslumbrante, mas o computador não tem conserto.
São Paulo não tem cara. É um caleidoscópio do caos. Por isso, fascina. Por isso, funciona. Das marginais, vê-se a cidade se acotovelar no sentido da cordilheira da avenida Paulista. Sobre ela, a indefinida cor da poluição. (...)
São Paulo é o mundo entre seus rios. Não existe nada igual. É única e essencial. Nas calçadas, não se estranha um negro de mãos dadas com uma loira, um japonês gordo jogando dominó com m cego, um português rindo da piada do italiano, um índio executivo de terno e gravata falando ao celular, um árabe beijando um judeu, punks lésbicas bebendo cerveja, um camelô lendo Dostoievski, hare krishnas paquerando patricinhas no farol, um anão carregando um trombone,
um malabarista cuspindo fogo, desempregados vendendo canetas coreanas. São Paulo é sua gente.
Em muitos bairros, ainda se diz afetuosamente "bom dia" às manhãs. Um café com leite se chama "média". O pão é crocante e feito na hora. O sol nem nasceu. Gente voltando da balada é servida no mesmo balcão que gente indo ao trabalho. E um pastel de feira não faz mal a ninguém.
São Paulo mudou muito nas últimas décadas. São Paulo sempre muda muito. Ficou melhor e pior. Ela ganhou a violência urbana. A desigualdade nunca foi tamanha. E, para um deficiente, está sempre atrasada em relação a outras cidades, suas calçadas são difíceis, o transporte público não é adaptado. Mas ela ganhou a mostra de Cinema, festivais de jazz, um número enorme de casas noturnas, restaurantes e livrarias. A cada ano, teatros e cinemas são inaugurados. Institutos culturais também. E quase sempre há acesso para os deficientes.
A cidade está na rota das grandes exposições. Pina Bausch nunca deixa de se apresentar por aqui. E já vieram Nirvana, U2, até Stevie Wonder. Alguns tocam de graça no Ibirapuera domingo de manhã. Aos 15 anos, assiste a Miles Davis no Municipal. E ao balé Sagração da Primavera do Bolshoi. Vi Ray Charles também. Até conversei com ele no saguão do Hotel Transamérica. Conversei também com Kurt Cobain no saguão do Maksoud. Bem, entre os passarinhos do campo, o barulho do mar, as cigarras cantando, prefiro o mundo.
Marcelo Rubens Paiva, 44, jornalista e escritor.

Artigo 2
Sobreviver em São PauloFerrézParece até um título fácil, mas na realidade não. Bom... é sim para quem mora em determinado lugar de São Paulo. Pode-se dizer que a cidade é subdivida em duas, isso é claro, central e periférica, a parte difícil é dizer quem cerca quem.Que os moradores da periferia (como eu, ta ligado?) vão ao centro para prestar serviço não é nenhuma novidade, mas e a diversão? E desfrutar da cidade?Ai são outros quinhentos, ou melhor, são outros 450.Poderia citar milhões de motivos para não gostar da cidade, poderia divagar por mil fitas, mas a cidade é mãe, terra arranha-céus, pátria dos desabrigados, lar de Germano Mathias, e sempre será assim. São Paulo continuará iludindo com sua leve manta, e se andarmos à noite por ela não veremos somente boates, bares, casas de relaxamento, ruas nobres que parecem as de Londres, comércios luxuosos que nos fazem ir para Tóquio, lojas que nos levam ao passado e a pôr um pé no futuro. Mas se olharmos com detalhe veremos crianças, filhos de seus não tão ilustres moradores, acompanhados da famosa "senhora do chapelão", a fome em quase toda esquina."Mas passa fome quem quer em São Paulo", já o sábio professor a sua turma de alunos escolhidos pelo sistema financeiro de algum colégio tipo o Salesiano. É quente. Quem não quiser que venda chiclete, balinha, Bob Esponja, afinal não é igual para todos a entrega do troféu de cidadão honorário.Vem maranhense, vem pernambucano, vem baiano, mas daqui direto para o albergue, ou quem sabe para a periferia. (São Paulo é a segunda Bahia e o segundo Rio em termos de baianos e cariocas.) Não há vagas, mas á espaço para todos, desde que cada um esteja no seu devido lugar, certo, manos?Esse é só um lado da cidade? Pode ser, sangue bom, mas é o lado que eu conheço, com que convivo, de onde vejo somente as costa do Borba Gato, segurando seu fuzil, deixando claro que estamos sendo vigiados, o lado que me dá a lágrima, que reparte a dor da perda, o lado de quem não tem lado, de quem nunca é retratado, dá até rima, seu carro tem ar-condicionado, aqui na periferia só moleque descalço.Venham todos ver nesse aniversário o rapa da prefeitura tomar a barraca daquela dona Maria que era empregada e perdeu o emprego porque o filho saiu no Cidade Alerta. Venham festejar com o vizinho que saiu da cadeia há dois dias e ainda não sabe como irá fazer para comer e vestir, vem que tem vaga para você, aqui é SP.A terra onde matar periférico causa silêncio e frustração, e matar do outro lado da ponte causa indignação, passeatas, mudança na legislação.E todos falam pra caramba, montam tese, mas passa um dia aqui para ver se sobra orgulho dos textos mentirosos, dos verbos bem colocados, das frases bem montadas, que emocionam que chocam e que no final são tudo um monte de mentiras, porque a São Paulo ao seu redor é de concreto e a nossa é de lama. A sua é: Moema, Morumbi, Jardim Paulista, Pinheiros, Itaim Bibi e Alto de Pinheiros. A nossa é: Jardim Ângela, Iguatemi, Lageado, São Rafael, Parelheiros, Marsilac, Cidade Tiradentes, Capão Redondo.Palavrão aqui na comunidade é "desemprego", aqui é Sampa também, mas do que marketing estamos além, fora da festa, fora da comemoração.Na área da barragem, onde vivem índios tupis-guaranis, ninguém está sabendo da festa. Em Campo Limpo, Grajaú e Brasilândia não vi ninguém encher de rosas nem ninguém restaurar, não vieram ao menos canalizar o córrego, no fim do dia não teve show, não teve visita de ninguém do poder público, mas vi um menino de 7 anos na ponte esperando a esperança, só não sei por quanto tempo. A única coisa que representa o governo por aqui é a polícia, então todos já imaginam como ele é representado.Ta certo! São Paulo é nossa também, afinal, cuidamos do dinheiro, lavamos vigiamos, passamos, limpamos, digitamos, afogamos, mágoas em pequenos bares, vivemos em pequenos casulos comemos o pouco da ração que sobrou do outro dia e ainda dizemos amém, Sampa city, você é meu berço, pois não nascemos com nenhum de verdade.Construímos e não moramos, fritamos e não comemos, assistimos, mas não vivemos, passamos vontade, mas passamos adiante. O quê? Ah! A parte boa da cidade! Bom, acho que vou passar essa, vou deixar para alguém que viva nela, pois o termo aqui para nós é sobrevivência, mas com certeza deve ter muita coisa boa nela, Sampa é bem grande, né! E tem muita diversidade cultural, assim como social.Somos somente um reflexo de tudo isso, os catadores de materiais recicláveis, os balconistas, os motoristas, os flanelinhas, as empregadas domésticas, os vendedores ambulantes, os vigilantes, os meninos da FEBEM, os 118 mil presos de todo o estado e mais uma porrada de gente que te saúda e deseja mais consciência e consideração nesse aniversário, São Paulo.Ferréz é o nome literário de Reginaldo Ferreira da Silva, 28, autor de Capão Redondo (Labortexto, 2000), romance sobre o cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, periferia de São Paulo, onde vive o escritor, e de Manual Prático do Ódio (Objetiva, 2003).
Atividade 5
Produzir um artigo sobre uma questão polêmica.
A questão polêmica escolhida foi: "As famílias devem cuidar de seu idosos em casa, ou entregá-los a instituições apropriadas para que cuidem deles?"
Esta é a nossa proposta de trabalho que avaliará a capacidade do aluno de organizar e argumentar.

tes que trabalham com esse tema.Aproveitem e leiam.Luciane(as questões aqui colocadas não são de minha autoria)

Curta metragem:Memorial de Maria Moura

Hoje, a equipe do Litviva teve mais um encontro para a elaboração do enredo do curta metragem baseado na obra:Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz.A equipe formada por Gisele, Allison, Cecília e José , alunos do 2º ano A, juntamnete com a professora Luciane, traçaram os primeiros passos das filmagens.O grupo demonstrou muito entusiasmo e responsabilidade. A professora ficou encantada com as ideias e o esforço do grupo.Façam como eles, LEIAM. Até a próxima.Luciane.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Olimpíada de Língua Portuguesa- 1º ano

As atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa já estão em andamento.Durante essa semana as turmas estarão conhecendo e trabalhando com o material do concurso.As primeiras ações foram muito proveitosas.As aulas contaram com recursos extras como o datashow, tv e vídeo, leitura de crônicas selecionadas, além de momentos de discursão e muito debate a cerca do conteúdo estudado.A primeira crônica analisada foi de Fernando Sabino"A última crônica";oportunizando ao aluno o conhecimento sobre o autor e a técnica utilizada.Até o próximo encontro.Aproveite e leia !LucianA Última Crônica

(Rubem Braga)

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Fonte: http://www.releituras.com/i_samuel_fsabino.asp
e.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Filmagens Curta metragens

A partir do dia 10 de junho a equipe do Projeto:Literatura Viva começará a realizar suas primeiras filmagens que formatarão a primeira coletânea de curtas sobre vida e obra de Rachel de Queiroz.Os alunos já estão em clima de filmagens.É só aguardar!!!Preparem a pipoca e reserve um lugar em frente a telinha;o resto é só deixar por nossa conta.Luciane*

quarta-feira, 19 de maio de 2010

aula de campo em Quixadá

É grande a expectativa do grupo "Literatura Viva" para conhecer a cidade onde nasceu Rachel de Queiroz, homenageada durante os trabalhos do grupo no mês de junho(Feira Escolar de Ciências ).O grupo realizará entrevistas com pessoas da cidade com o objetivo de coletar informações para a produção de documentários e pequenos vídeos.Esperamos produzir um trabalho.Acompanhem o desenvolvimento de cada ação do projeto.Até logo!!!Luciane.

Aula de campo em Quixadá

No dia 5 de junho a equipe da LITERATURA VIVA fará uma viagem para Quixadá terra de Rachel de Queiroz.A equipe de alunos e professores irão relatar em um documentário a viagem e a vida de Rachel de Queiroz.
Estão todos muito ansiosos com a viagem.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eurico, o presbítero.

A turma do 2º ano A apresentou hoje o romance Eurico, o presbítero de Alexandre Herculano.As alunas Tainara e Suziele confeccionaram um lindo baú para socializar a estética literária e o enredo do livro.Parabéns ao grupo.Aguardem as fotos nas próximas postagens.Luciane.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa


O material da Olimpíada de Língua Portuguesa já chegou à escola.As turmas de 1º ano desenvolverão atividades relacionadas à crônica;o 2º e o 3º trabalharão com o artigo de opinião. Leia uma das crônicas indicadas no material:Crônica
Um caso de burroMachado de Assis
Quinta-feira à tarde, pouco mais de três horas, vi uma coisa tão interessante, que determinei logo de começar por ela esta crônica. Agora, porém, no momento de pegar na pena, receio achar no leitor menor gosto que eu para um espetáculo, que lhe parecerá vulgar, e porventura torpe. Releve a importância; os gostos não são iguais.Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o lugar onde era o antigo passadiço, ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro deitado. O lugar não era próprio para remanso de burros, donde concluí que não estaria deitado, mas caído. Instantes depois, vimos (eu ia com um amigo), vimos o burro levantar a cabeça e meio corpo. Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-se de quando em quando. O infeliz cabeceava, mais tão frouxamente que parecia estar próximo do fim.Diante do animal havia algum capim espalhado e uma lata com água. Logo, não foi abandonado inteiramente; alguma piedade houve no dono ou quem quer que é que o deixou na praça, com essa última refeição à vista. Não foi pequena ação. Se o autor dela é homem que leia crônicas, e acaso ler esta, receba daqui um aperto de mão. O burro não comeu do capim, nem bebeu da água; estava já para outros capins e outras águas, em campos mais largos e eternos.
Meia dúzia de curiosos tinham parado ao pé do animal. Um deles, menino de dez anos, empunhava uma vara, e se não sentia o desejo de dar com ela na anca do burro para esperta-lo, então eu não sei conhecer meninos, porque ele não estava do lado do pescoço, mas justamente do lado da anca. Diga-se a verdade; não o fez - ao menos enquanto ali estive, que foram poucos minutos. Esses poucos minutos, porém, valeram por uma hora ou duas. Se há justiça na Terra valerão por um século, tal foi a descoberta que me pareceu fazer, e aqui deixo recomendada aos estudiosos.O que me pareceu, é que o burro fazia exame de consciência. Indiferente aos curiosos, como ao capim e à água, tinha no olhar a expressão dos meditativos. Era um trabalho interior e profundo. Este remoque popular: por pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mau entendido dos que a princípio o viram; o pensamento não é a causa da morte, a morte é que o torna necessário. Quanto à matéria do pensamento, não há dúvidas que é o exame da consciência. Agora, qual foi o exame da consciência daquele burro, é o que presumo ter lido no escasso tempo que ali gastei. Sou outro Champollion, porventura maior; não decifrei palavras escritas, mas idéias íntimas de criatura que não podia exprimi-las verbalmente.E diria o burro consigo:“Por mais que vasculhe a consciência , não acho pecado que mereça remorso. Não furtei, não menti, não matei, não caluniei, não ofendi nenhuma pessoa. Em toda a minha vida, se dei três coices, foi o mais, isso mesmo antes haver aprendido maneiras de cidade e de saber o destino do verdadeiro burro, que é apanhar e calar. Quando ao zurro, usei dele como linguagem. Ultimamente é que percebi que me não entendiam, e continuei a zurrar por ser costume velho, não com idéia de agravar ninguém. Nunca dei com homem no chão. Quando passei do tílburi ao bonde, houve algumas vezes homem moto ou pisado na rua, mas a prova de que a culpa não era minha, é que nunca segui o cocheiro na fuga; deixava-me estar aguardando autoridade.”“Passando à ordem mais elevada de ações, não acho em mim a menor lembrança de haver pensado sequer na perturbação da paz pública. Além de ser a minha índole contrária a arruaças, a própria reflexão me diz que, não havendo nenhuma revolução declarado os direitos do burro, tais direito não existem. Nenhum golpe de estado foi dado em favor dele; nenhuma coroa os obrigou. Monarquia democracia, oligarquia, nenhuma forma de governo, teve em conta os interesses da minha espécie. Qualquer que seja o regímen, ronca o pau. O pau é a minha instituição um pouco temperada pela teima que é, em resumo, o meu único defeito. Quando não teimava, mordia o freio dando assim um bonito exemplo de submissão e conformidade. Nunca perguntei por sóis nem chuvas; bastava sentir o freguês no tílburi ou o apito do bonde, para sair logo. Até aqui os males que não fiz; vejamos os bens que pratiquei.”
“A mais de uma aventura amorosa terei servido, levando depressa o tílburi e o namorado à casa da namorada - ou simplesmente empacando em lugar onde o moço que ia no bonde podia mirar a moça que estava na janela. Não poucos devedores terei conduzido para longe de um credor importuno. Ensinei filosofia a muita gente, esta filosofia que consiste na gravidade do porte e na quietação dos sentidos. Quando algum homem, desses que chamam patuscos, queria fazer rir os amigos, fui sempre em auxílio deles, deixando que me dessem tapas e punhadas na cara. Em fim...”Não percebi o resto, e fui andando, não menos alvoroçado que pesaroso. Contente da descoberta, não podia furtar-me à tristeza de ver que um burro tão bom pensador ia morrer. A consideração, porém, de que todos os burros devem ter os mesmos dotes principais, fez-me ver que os que ficavam, não seriam menos exemplares do que esse. Por que se não investigará mais profundamente o moral do burro? Da abelha já se escreveu que é superior ao homem, e da formiga também, coletivamente falando, isto é, que as suas instituições políticas são superiores às nossas, mais racionais. Por que não sucederá o mesmo ao burro, que é maior? Sexta-feira, passando pela Praça Quinze de Novembro, achei o animal já morto. Dois meninos, parados, contemplavam o cadáver, espetáculo repugnante; mas a infância, como a ciência, é curiosa sem asco. De tarde já não havia cadáver nem nada. Assim passam os trabalhos deste mundo. Sem exagerar o mérito do finado, força é dizer que, se ele não inventou a pólvora, também não inventou a dinamite. Já é alguma coisa neste final de século. Requiescat in pace

sábado, 8 de maio de 2010

Resumo:Inocência.

Resumo da obra Inocência de Visconde de Taunay

A história se passa em Mato Grosso, e tem início em 15 de julho de 1860 com uma descrição da estrada que corta a região desde a vila de Santana do Paranaíba aos campos de Camapuã . Um homem viaja montado em seu cavalo, distraído e pensativo. Ele tem uns vinte e cinco anos, presença agradável, ar inteligente e decidido. Aproxima-se dele outro viajante, um homem já de alguma idade, trajava à mineira e parecia, como realmente era, morador daquela localidade. Eles se apresentam e começam a conversar. O rapaz chama-se Cirino Ferreira de Campos, é caipira de São Paulo, criado em Ouro Preto/MG. Viaja sem destino certo, curando maleitas e feridas brabas. O outro homem é Martinho dos Santos Pereira, que gosta de prosear. Nasceu em Minas Gerais, casou cedo, viveu em Diamantina até sua esposa morrer. Pereira convida Cirino para se hospedar em sua tapera e, sabendo que ele é médico, diz ter uma filha adoentada e com febre. Cirino aceita o convite e hospeda-se na casa de Pereira. Cirino, na verdade, não era médico. Porém, em localidade pequena, de simples boticário a médico não há mais que um passo. Quando tinha 18 anos foi servir de caixeiro numa botica velha e manhosa. Aprendeu a receitar e passou a fazer excursões pelo interior, medicando as pessoas, utilizando-se de alguns conhecimentos de valor positivo, outros que a experiência lhe ia indicando ou que a voz do povo e a superstição ministravam. Cirino era, simples curandeiro que ia granjeando o tratamento de doutor. Mas, não era um mal-caráter. Depois de comer e descansar, Pereira leva Cirino para ver a filha adoentada, explicando que a filha, Inocência, tem 18 anos, é bonita e boa deveras...foi criada sem mãe. Vai se casar, por determinação do pai, com Manecão Doca, um homem às direitas. Depois pede-lhe que a veja , sem olhar para a mulher, este lhe responde que está acostumado a lidar com as famílias e a respeitá-las.Cirino fica encantado com a beleza de Inocência e se apaixona pela jovem, mas disfarça. Além dos cuidados excessivos de seu pai, Inocência também é protegida pelo anão Tico. O anão é praticamente mudo,mas consegue se comunicar muito bem e é uma espécie de cachorro deInocência. Naquela mesma noite, chega à casa de Pereira um naturalista alemão, chamado Guilherme Tembel Meyer, que caça borboletas e as envia à Alemanha para serem estudadas. Pereira lhe dá abrigo e decide tratar o alemão como se fosse da família . Meyer, fascinado pela beleza de Inocência e ignorante dos costumes faz muitos elogios à jovem, o que deixa Pereira furioso e preocupado. Com medo de que Meyer ponha sua filha a perder, passa a vigiá-lo de perto, levando-o pessoalmente à mata para encontrar e caçar os insetos. Desconfiando de Meyer, passa a confiar em Cirino, que aproveita a oportunidade para ver Inocência e declarar seu amor. Ela também está apaixonada, mas se sente culpada e tem medo de enfrentar a fúria paterna. Como o noivo de Inocência está para voltar, os dois jovens, desesperados, decidem que Cirino deve ir à casa do padrinho de Inocência, Antônio Cesário, tentar convencê-lo a interceder junto à Pereira em favor do seu amor. O padrinho mora em Minas Gerais. Cirino calcula despede-se da amada, inventa uma desculpa para Pereira e parte em direção à fazendo de Antônio Cesário. No caminho, cruza com Manecão, que está indo à casa de Pereira com tudo pronto para a realização de seu casamento com Inocência. Cirino chega à fazenda do padrinho, abre-lhe o coração e este diz que vai pensar. Combinam, então, que se Antônio resolver ajudá-los, ele se encontrará com Cirino, num prazo máximo de oito dias na vila de Santana do Paranaíba e irão juntos para a casa do compadre Pereira. Enquanto isso, Manecão é recebido festivamente por Pereira em sua casa. No entanto, Inocência está muito triste e parece doente. Chamada por seu pai para conversar com o noivo, ela diz que não se lembra de ter concordado com o casamento, afirma que não quer se casar e seu pai a agride. Pereira acredita ainda que foi Meyer o causador da sua desgraça. Enquanto decidem quem vai matar o alemão, o anão Tico comunica a Pereira que ele está enganado, não fora o alemão o responsável, mas sim Cirino. Pereira fica furioso. Manecão o acalma e diz que vai atrás do médico desagravar a honra de ambos. Manecão segue Cirino durante três dias, o encontra e atira nele. Antes de morrer, Cirino diz que ele matou também à Inocência. Manecão foge. Antônio Cesário, que finalmente decidira intervir a favor de Inocência e Cirino, chega e encontra Cirino agonizando, Cirino não diz o nome do seu assassino. Pede a Cesário que diga a Inocência que morreu por causa dela. Seu último pedido é para que Cesário prometa que não deixará Inocência casar com Manecão. Cesário promete e Cirino morre chamando por Inocência. A história termina na Alemanha, em 18 de agosto de 1863, com a aclamação de Meyer pela Sociedade Geral Entomológica e pela Imprensa, que elogia os prodígios entomológicos recolhidos por ele principalmente, a borboleta Papilio Innocentia, cujo nome fora dado em homenagem à beleza de uma donzela (Mädchen) dos desertos da Província de Mato Grosso (Brasil), criatura, segundo conta o Dr. Meyer, de fascinadora formosura. Naquele dia, fazia exatamente dois anos que Inocência morrera, no imenso sertão de Santana do Paranaíba.

Resumo:Amor de Perdição_Camilo Castelo Branco

Resumo: Amor de Perdição
Amor de Perdição é uma novela romântica inspirada em Romeu e Julieta, de Shakespeare. É considerado uma obra-prima da ficção de língua portuguesa.Simão Botelho e Teresa de Albuquerque estão enamorados, mas suas famílias fazem da separação de ambos uma questão de honra . Simão é enviado para Lisboa e Teresa é presa em um convento por não aceitar o casamento com Baltasar Coutinho , um fidalgo . Simão retorna a Viseu, local onde ocorre o romance, decidido a resgatar Teresa do convento . Escondido na casa de um ferrador, pois sua família não aceita o romance, Simão, tem a proteção da filha do proprietário da casa, Mariana, que acaba se apoixonando por ele. Mariana, mesma apoixonada por Simão , ajuda na correspondência entre Simão e Teresa . Teresa é destinada a outro convento e na hora da mudança para o novo convento tenta se encontrar com Simão. Nesse momento, ocorre o assassinato de Baltasar que encontrando com Simão decide convidá-lo para um duelo. Simão atira e mata Baltasar que cai aos pés de Teresa . Simão é preso na Cadeia da Relação, no Porto. Teresa vai para o convento de Monchique, também no Porto. Domingos Botelho, pai de Simão, não ajudava o filho, mas acaba mudando de idéia e consegue uma comutação da pena e o degredo para as Índias. Mariana, apaixonadamente, também decide ir para Índias. Quando Teresa vê a passagem do navio morre e Simão sabendo da morte da amada também morre no navio. Na hora de jogar o corpo de Simão para o mar , Mariana acaba agarrando o cadáver e morre junto com o corpo.

Fotos do 2° ano no projeto Baú de Histórias





















































































































































































































































































quarta-feira, 5 de maio de 2010

Resumo do romance:A Pata da Gazela

A Pata da Gazela , considerada “A Cinderela da literatura brasileira” narra em terceira pessoa, um romance vivido na alta roda carioca, repetindo a velha fórmula do triângulo amoroso.Amélia, uma mulher bela e rica, vai ser disputada por Horácio e Leopoldo.Horácio, homem elegante não só no traje como em no trato pessoal, poderia ser considerado um dos príncipes da moda, um dos leões da Rua do Ouvidor.Cansado de suas aventuras amorosas, apaixona-se e sai à procura de uma misteriosa mulher portadora de um minúsculo pezinho e dona da delicada botina que encontrou na rua, deixada cair por um lacaio que passara correndo por ele.Leopoldo, pouco favorecido e respeitado de beleza, simples no vestir, trajava luto pesado não só nas roupas negras como na cor das faces e na mágoa que lhe escurecia a fonte, pela perda da irmã.Virgem de amores femininos, apaixona-se pela dona do sorriso que viu em uma carruagem.Horário, conhecedor dos corações das mulheres, acreditava que elas eram uma obra suprema. O amor não tinha novidades nem segredos para ele. Sofria imaginando se algum sapateiro com suas mãos aleijadas tomavam medidas de seu adorado pezinho.Assim corria espetáculos e bailes, tentando descobrir por baixo da orla do vestido o ignoto deus de sua adoração.Num teatro encontra-se Amélia com sua prima Laura. Leopoldo decidido a conservar o luto, estava presente e pede informações sobre as moças a Horácio, pois sua paixão continuava intensa e ardente.Leopoldo, encontra as moças subindo na carruagem e apressa o passo. Fica imóvel, seus olhos viram um aleijão, um pé disforme.Amélia após vários encontros com Horácio, na casa de D. Clementina que gosta de reunir moças, formando pares para dançar, foi pedida em casamento. Amélia pede um prazo de 15 dias antes de dar a resposta.Leopoldo soube da notícia com mágoa mas sem se perturbar, amaria unicamente sua alma, essa ninguém poderia roubar, porque Deus a teria feito para ele.Findo o prazo, Amélia tinha ares de quem sucumbia ao compromisso contraído. Num baile escuta Horácio falando a Leopoldo que não sentira antes a menor comoção ao ver Amélia. Mas quando soube que a ela pertencia o tesouro, a botina, adorou-a.Horácio conta-lhe sua versão, o vulto confuso, o defeito que ela tinha: um pé aleijado.Amélia sai do baile e convida Horácio para ir a sua casa. O moço encontra-a bordando, e na conversa ela esconde as lágrimas. Lançando um olhar para a moça, viu alguma coisa que o sobressaltou. A fimbria do vestido suspensa descobria o pé da moça, o moço estremeceu: era o aleijão. A moça foge da sala.Sentindo a necessidade de sair da posição difícil em que se achava, dirigiu-se à casa de Amélia, procurou manter um clima de guerra, pois ficou sabendo que a moça encontrava-se com o Leopoldo na casa de D. Clementina. O rompimento era infalível, compreendera que tudo acabara.Horácio aproxima-se de Laura achando que o misterioso pezinho lhe pertencia. Aproxima-se e freqüenta a casa da família e lhe faz crer que se aproximou de Amélia para vê-la.Amélia vai às compras com sua mãe e encontra o Leão, e disfarçadamente deixa à mostra pousados na calçada dois pezinhos mimosos que palpitavam dentro de botinas de merinó de cor cinza. Horácio fica pasmo.Amélia e Laura eram primas e amigas. Laura usava sempre roupas compridas, disfarçando os pés disformes. Amélia tinha dois pezinhos de fada, os dedos pareciam botões de roca. E para poupar a prima do constrangimento, Amélia encomendava os sapatos na rua onde Horácio encontrou a botina perdida.Foi quando decidiu manter Horácio à prova, colocando a botina monstruosa de sua prima. Excitou o horror em Horácio.Aproxima-se de Leopoldo, convidando-o a freqüentar a sua casa, e conta-lhe que escutou a sua conversa naquela noite do baile.Horácio descobre seu engano e resolve reconquistar Amélia. Encontra com Leopoldo, um cavalheiro mudado, boas maneiras com sóbria elegância, e sabe que só o amor traz estas transformações.Não desiste, e indo a sua casa presencia o enlace de Amélia e Leopoldo, que o fazem sem prévia antecipação.Leopoldo casa-se sem saber que a noiva não era um aleijão e esta prepara-lhe uma surpresa, exibindo seus dois pezinhos divinos, de onde apareciam as unhas rosadas.Termina o romance com Horácio falando:O leão deixou que lhe cerceassem as garras; foi esmagado pela pata da gazela.O romance mantém um certo bom amor, fazendo uma sátira ao dom-juanismo romântico. A metáfora do leão e da gazela compõe uma desmistificação da retórica romântica.Mas, é mantido seu romantismo falando das núpcias sigilosas e dos sorrisos da mulher amada como do dote de cem apólices e dos pezinhos de Cinderela.Ao menos nos romances tradicionais, encontramos sempre uma história [sucessão encadeada de episódios] que nos é contada pelo narrador, ou seja, pela pessoa que o autor encarrega do relato. Esse narrador pode aparecer em primeira pessoa [quando, de uma forma ou de outra, participa do enredo], ou em terceira, como ocorre em A Pata da Gazela, romance de José de Alencar. Nesta obra, o narrador é uma presença constante, descrevendo-nos o ambiente onde a ação se passa, apresentando-nos os personagens cujas idéias e sentimentos nos desnuda, introduzindo-nos enfim, como leitores, no universo representado pelo romance. Tais intromissões do narrador na obra garantem a esta um caráter familiar e moralista, principalmente se observarmos que o narrador se aproveita disto para teorizar a respeito da natureza dos sentimentos humanos, para criticar costumes da época, para pormenorizar hábitos dos salões, cariocas do século passado, etc.Outra dimensão de um romance [como, aliás, de qualquer obra de arte] é sua historicidade, isto é, seu caráter de objeto produzido num determinado momento histórico, destinado a ser consumido por um público de características específicas [e, no caso dos leitores de Alencar, com exigências diferentes das do público de hoje] e fruto de uma concepção de literatura muito peculiar. No caso de A Pata da Gazela, sua publicação em 1870 imerge-o em plena moda romântica, quando o romance visava ao entretenimento e para isso envolvia o leitor em peripécias sucessivas: fazia-o presenciar cenas patéticas de paixões não correspondidas, fazia-o comover-se com desencontros lacrimosos, tudo isso para possibilitar ao leitor identificar-se aos personagens e assim escapar, por instantes, à rotina do cotidiano burguês.É justamente o que ocorre com este romance, em que Alencar fornece ao público os ingredientes que este estava habituado a consumir e com os quais costumava se identificar: o meio social é a alta roda carioca, em que as mulheres são belas, ricas e apaixonadas; os homens galantes dançam quadrilhas e freqüentam a ópera. É, portanto, na alta burguesia brasileira do século passado que Alencar constrói o romance que, em si, repete a velha fórmula do triângulo amoroso. Amélia, a heroína que preenche todas as qualidades acima citadas, é disputada por dois apaixonados: Horácio e Leopoldo, que representam os dois pólos do mundo romântico: Horácio é o “leão”, rei dos salões, o homem preocupado com a própria elegância, volúvel destroçador de corações femininos. Entendiado com a vida, uma vez que o número e a diversidade das conquistas amorosas o desinteressaram de novas aventuras galantes, apaixona-se pela misteriosa portadora de um mimoso pezinho, tão minúsculo como a botina que ele encontrou na rua. Leopoldo, sonhador, pálido e macilento, descuidado no trajar, virgem de amores femininos e magoado pela recente morte da irmã, apaixona-se à primeira vista pela dona do sorriso entrevisto numa carruagem parada na Rua da Quitanda.O romance ganha suspense, pois o narrador oculta a identidade da dona da botina, retarda o final da história e complica seu desenlace, pois a dona da botina e do sorriso são a mesma pessoa, Amélia, que acaba por preferir Leopoldo, cujo amor é sincero e desinteressado.O leitor treinado na leitura deste tipo de romance antecipa seu final. Isso de modo nenhum diminui o valor da obra, uma vez que o happy end e a conseqüente premiação da virtude e o castigo do vício são típicos dos romances românticos. Então, livres da preocupação de saber o final da história, podemos deter-nos em pormenores da construção do livro.Horácio, por exemplo, é tratado sem nenhuma complacência pelo narrador: seu dom-juanismo, sua figura de janota, a vacuidade de sua vida são ironizados a cada passo. Talvez aí se possa ver a atitude romântica de despeito pelo indivíduo acomodado ao status quo da época, sem a auréola de marginalização e inferiorização que atrai as simpatias do narrador para Leopoldo. Assim, a oposição entre os dois rivais não é gratuita: é a forma de o romancista valorizar, através da figura de Leopoldo, os atributos indispensáveis ao herói romântico. Já entre as figuras femininas da obra a oposição de caracteres não é assim tão marcada: tanto Laura como Amélia são jovens, belas e ricas. Por que, então, a presença de ambas? Para haver possibilidade de suspense, para que Horácio se divida entre elas na busca de sua Cinderela, e para que sua busca termine na cena grotesca de ele beijar os pés deformados de Laura.Enquanto Horácio enceta a busca dos pés que calcem a minúscula botina que ele idolatra no altar de sua casa, Leopoldo entrevê um pé defeituoso subir à carruagem de sua eleita. Mais tarde, vendo o lacaio desta retirar no sapateiro uma botina disforme feita de encomenda, convence-se de que sua amada é aleijada. Dividido entre a atração do sorriso e a repulsa pelo pé, Leopoldo luta consigo mesmo durante dias, até que finalmente percebe que o defeito de Amélia não é empecilho para sua adoração. Seu comportamento é, pois, tipicamente romântico: o amor é o encontro de almas, e detalhes físicos não empanam a sublimidade de tal sentimento.Não fosse um certo bom humor que A Pata da Gazela exige de leitores do século XX poderíamos suspeitar intenções ocultas em José de Alencar: a fixação de Horácio no pé da amada não anteciparia o estudo de casos patológicos do romance naturalista? A impiedade do narrador em relação a Horácio não seria uma sátira ao dom-juanismo romântico? A explicitação da metáfora do leão e da gazela não constituiria uma desmistificação da retórica romântica? Tudo isso é possível. Mas, nesse caso, se havia segundas intenções alencarianas por trás da obra, a realização não correspondeu às intenções, pois A pata da gazela fica mesmo é ao nível do romance ligeiro, em cujo previsível capítulo final as núpcias sigilosas fazem Leopoldo entrar na posse não só do sorriso da amada, mas também das cem apólices do dote e de seus dois pezinhos de Cinderela.

, Falha Nossa!!!

A equipe formada por Paloma, Alana e Gabriele não apresentaram o livro Eurico , o Presbítero, como havíamos divulgado na última postagem.Na verdade a equipe leu Amor de Perdição.Mil e uma desculpas!!!Luciane.

Continuação:Retrospectiva 2º ano A

O 2º ano A durante as últimas semanas do mês de abril deram continuidade às apresentações dos paradidáticos indicados.Foram aprresentados com muito sucesso as obras de Camilo Castelo Branco-Eurico, o Presbítero, desenvolvido pelo grupo de meninas:Paloma. Alana e Gabriele;também foi socializado o romance Lucíola, de José de Alencar, produzido por Tiago, Débora e Lídia.Paraéns aos grupos!!!Continuem lendo!!Luciane.

Retrospectiva 2º ano A- Paradidáticos.

Apresentações dos paradidáticos 2º ano A

Hoje, dia 05 de maio, a turma do 2º ano A deu continuidade ás apresentações dos paradidáticos indicados pelo Projeto "Literatura Viva" .As equipes de hoje apresentaram as obras:Inocência _de Visconde de Taunay, A Pata da Gazela -de José de Alencar.As equipes apresentaram a estética literária, a linguagem, o enredo, além da confecção dos Báus de Historias.As equipes fizeram uma ótima apresentação.Parabéns a Janicler, Ritelma, Regilânia e José , que apresentou o romance A Pata da Gazela individualmente e com muito desempenho.Parabéns aos grupos.Veja resumos em outras postagens.Luciane.

domingo, 2 de maio de 2010

Apresentações de algumas obras literárias

Estão de parabéns os alunos do 3º "A" e "B" que leram e socializaram as análises das obras literárias: Clara dos Anjos , O Quinze, Vidas Secas e São Bernardo. Foram apresentações enriquecedoras e que com certeza despertaram mais a turma para a leitura dos romances da nossa literatura.

Biografia de Rachel de Queiroz

Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.
Em 1917, após uma grande seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, tem papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista. Em 1933 começa a ter dissenções com a direção e se aproxima de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, indo morar nesta cidade até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964 apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural. Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.

Biografia de Rachel de Querioz

Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.
Em 1917, após uma grande
seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em
1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar
O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, tem papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em
1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista. Em 1933 começa a ter dissenções com a direção e se aproxima de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, indo morar nesta cidade até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964 apoiou a
ditadura militar que se instalou no Brasil.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois
Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de
memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural. Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.